"Condição de 10 dias" para trabalhadores do turismo: lei controversa sobre licença entra em vigor

Uma nova lei, publicada no Diário Oficial e em vigor hoje, restringiu o direito a férias semanais dos trabalhadores do turismo. A regulamentação, aprovada pelo Parlamento, agora estipula que os trabalhadores do turismo devem trabalhar 10 dias consecutivos, em vez de seis, para terem direito a férias semanais.
Trabalhadores reagem: "Lei da escravidão"
A prática, apelidada de "lei da escravidão" pelos trabalhadores do turismo, gerou um sério debate sobre os direitos dos trabalhadores. A atual Lei Trabalhista prevê um dia de folga semanal após seis dias de trabalho, mas a nova regulamentação efetivamente a elimina para certos grupos ocupacionais. Espera-se que os trabalhadores sazonais de hotéis, restaurantes e instalações turísticas sejam os mais afetados.
Sem pagamento adicional, grande perda de direitos
Trabalhadores descreveram a usurpação de dias de folga, apesar das duras condições de trabalho, como uma "violação de direitos". A ausência de qualquer mecanismo de compensação ou pagamento adicional na regulamentação legal está alimentando a indignação. Sindicatos e representantes dos trabalhadores anunciaram que entrarão com ações judiciais para derrubar a prática.
Preocupações de que possa alastrar-se a outros sectores
Após a publicação da regulamentação no Diário Oficial, alguns representantes de empregadores teriam iniciado iniciativas para implementar práticas semelhantes nos setores de construção, agricultura e serviços. Especialistas enfatizam que tais regulamentações, disfarçadas de "flexibilidade", introduzem irregularidades na vida profissional e corroem o valor da mão de obra.
Um novo "normal" nos negócios?
Defensores dos direitos trabalhistas e organizações da sociedade civil estão preocupados que essa regulamentação seja imposta como o "novo normal". Eles argumentam que restringir os direitos de licença dos trabalhadores do turismo, que trabalham longas horas, especialmente durante a alta temporada, pode levar ao esgotamento físico e psicológico.
Embora a nova lei seja considerada um retrocesso significativo em termos de direitos adquiridos na vida profissional, ela também gerou um amplo debate público.
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